Everything But The Girl

Everything But The Girl
'Eden'                                            1984
'Baby, The Stars Shine Bright'  1986
"Pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro". O casal Tracey Thorn e Ben Watt devem ter esta máxima de Heródoto pintada num azulejo pendurado à porta de casa. Ela define em grande parte a sua carreira e é seguida quase à risca nos seus discos mais emblemáticos, o 'Eden' e o 'Baby, ...'. E mesmo nos seus discos mais "modernos", por exemplo o 'Walking Wounded' de 1996, olham ainda assim um bocadito para trás, não tanto como nestes dois, mas para géneros mais recentes como o trip hop, drum n bass e house. No seu excelente disco de estreia, o 'Eden', a roupa escolhida para vestir as suas canções melancólicas e sentimentais,  campo onde brilham como fazedores de canções, quando tentaram temas mais politizados a coisa correu menos bem, foi o jazz com ritmo bossa nova e os nomes invocados são Stan Getz e João Gilberto ou Charlie Byrd. No 'Baby, The Stars Shine Bright', o meu favorito, a década escolhida é a de cinquenta, e as canções ficam perfeitas vestidas de sonoridades ultra românticas, naquele difícil equilíbrio entre o sublime e o piroso, conseguidas com as orquestrações tipo Nelson Riddle. Talvez por terem optado por um som mais clássico, e a escolha de produtores como o Robin Millar, entre outras coisas definiu o som dos Sade,  as canções destes dois álbuns, como por exemplo a 'Each And Everyone' ou a magnífica 'Don't Leave Me Behind', envelheceram muito bem, ao contrário de muitas que fizeram a história dos anos oitenta.

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