ABC
ABC
'The Lexicon Of Love'
1982
Uma das minhas memórias mais gratas é de na infância ter visto muitos dos melhores musicais americanos na televisão com a minha mãe. Ela adorava as estrelas, Cyd Charisse, Fred Astaire, Gene Kelly, Ginger Rogers, a sumptuosidade de cenários e figurinos, a elegância das coreografias e as estórias simples de amor. Por isso quando em 1982, já eu era um rapaz espigadote que começava a ver o Fuller e o Ray na rtp2, vi o video da 'The Look Of Love', exclamei, 'eu acho que já vi isto!'. E tinha. Os ABC prestam nesse video uma vénia ao genial 'Um Americano Em Paris'. Apaixonado pela soul americana o Martin Fry escreveu aqui algumas das melhores canções da pop dos anos oitenta (e uma das minhas preferidas de sempre, 'All Of My Heart') mas que não se ficam por aí porque elas continuam hoje, apesar da produção em alguns pontos algo datada, tão frescas como no dia em que saíram. O produtor do disco, o Trevor Horn, definiu-as 'like disco, but in a Bob Dylan way'. Letras inteligentes, com um som e interpretação inspirados, não copiados, nalguma da melhor música negra americana, anos mais tarde ele cantaria 'When Smokey sings, I hear violins', fazem deste um dos meus álbuns preferidos de sempre.
'The Lexicon Of Love'
1982
Uma das minhas memórias mais gratas é de na infância ter visto muitos dos melhores musicais americanos na televisão com a minha mãe. Ela adorava as estrelas, Cyd Charisse, Fred Astaire, Gene Kelly, Ginger Rogers, a sumptuosidade de cenários e figurinos, a elegância das coreografias e as estórias simples de amor. Por isso quando em 1982, já eu era um rapaz espigadote que começava a ver o Fuller e o Ray na rtp2, vi o video da 'The Look Of Love', exclamei, 'eu acho que já vi isto!'. E tinha. Os ABC prestam nesse video uma vénia ao genial 'Um Americano Em Paris'. Apaixonado pela soul americana o Martin Fry escreveu aqui algumas das melhores canções da pop dos anos oitenta (e uma das minhas preferidas de sempre, 'All Of My Heart') mas que não se ficam por aí porque elas continuam hoje, apesar da produção em alguns pontos algo datada, tão frescas como no dia em que saíram. O produtor do disco, o Trevor Horn, definiu-as 'like disco, but in a Bob Dylan way'. Letras inteligentes, com um som e interpretação inspirados, não copiados, nalguma da melhor música negra americana, anos mais tarde ele cantaria 'When Smokey sings, I hear violins', fazem deste um dos meus álbuns preferidos de sempre.
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