Susan Cadogan
Susan Cadogan
'Doing It Her Way'
1975
Nos anos setenta era muito difícil fugir ao reggae em Inglaterra, estava por todo lado. Depois do pico de emigração jamaicana nos anos cinquenta e da proliferação dos sound systems nos sessentas, os anos setenta viram o som jamaicano infiltrar-se quer nos tops, quer no punk. O Bob Marley mudava-se para Londres, os Rolling Stones incluiam no 'Black and Blue' a 'Cherry Oh Baby', versão do original de 1971 do Eric Donaldson, e os Clash gravavam uma uma versão do 'Police and Thieves' do Junior Murvin. Em 1974 o genial Lee Perry encantado com a voz da Susan Cadogan grava com ela um punhado de canções, que editaria na sua Upsetter nesse mesmo ano e a Trojan reeditaria dois anos depois, e consegue um hit em Inglaterra com uma delas, a 'Hurts So Good', versão de um clássico soul da Millie Jackson. A Magnet, a quem o Lee Perry tinha vendido os direitos do single para Inglaterra, apressa-se a levar a Susan, coroada como rainha do lovers rock, género que nasceu da mistura do reggae com a soul, para estúdio para gravar novas músicas e é aí que a coisa corre mal. Com a desastrada escolha de Peter Waterman para a produção, rapaz que atormentaria os nossos ouvidos nos anos oitenta com o Stock e o Aitken, com o seu som plastificado e infeliz escolha de reportório, o álbum foi ignorado por público e crítica. O lado bom é que tem a 'Hurts So Good' e a voz doce da Susan. Com o tom adocicado acrescentado pelo Waterman os diabéticos devem ter cuidado ao ouvir este disco.
Lee 'Hurt So Good' Perry
'Doing It Her Way'
1975
Nos anos setenta era muito difícil fugir ao reggae em Inglaterra, estava por todo lado. Depois do pico de emigração jamaicana nos anos cinquenta e da proliferação dos sound systems nos sessentas, os anos setenta viram o som jamaicano infiltrar-se quer nos tops, quer no punk. O Bob Marley mudava-se para Londres, os Rolling Stones incluiam no 'Black and Blue' a 'Cherry Oh Baby', versão do original de 1971 do Eric Donaldson, e os Clash gravavam uma uma versão do 'Police and Thieves' do Junior Murvin. Em 1974 o genial Lee Perry encantado com a voz da Susan Cadogan grava com ela um punhado de canções, que editaria na sua Upsetter nesse mesmo ano e a Trojan reeditaria dois anos depois, e consegue um hit em Inglaterra com uma delas, a 'Hurts So Good', versão de um clássico soul da Millie Jackson. A Magnet, a quem o Lee Perry tinha vendido os direitos do single para Inglaterra, apressa-se a levar a Susan, coroada como rainha do lovers rock, género que nasceu da mistura do reggae com a soul, para estúdio para gravar novas músicas e é aí que a coisa corre mal. Com a desastrada escolha de Peter Waterman para a produção, rapaz que atormentaria os nossos ouvidos nos anos oitenta com o Stock e o Aitken, com o seu som plastificado e infeliz escolha de reportório, o álbum foi ignorado por público e crítica. O lado bom é que tem a 'Hurts So Good' e a voz doce da Susan. Com o tom adocicado acrescentado pelo Waterman os diabéticos devem ter cuidado ao ouvir este disco.
Lee 'Hurt So Good' Perry
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